Conto Budista: O Monge e o Escorpião
Durante uma forte chuva, um monge precisava atravessar o rio. Um
escorpião flagelado lhe pediu socorro. Os amigos deste monge alertaram:
- “Deixa ele se afogar, quando você terminar de ajuda-lo ele vai te picar”!
O monge, comovido com o drama do escorpião, resolveu atravessar o rio e
o levou em suas mãos, mas tão logo chegaram à outra margem, o
escorpião, vendo-se salvo, não cumpre
sua promessa, pica o braço do bondoso homem e desaparece em seguida.
Indignados, os amigos daquele monge perguntaram:
“Por que ajudou essa criatura vil?”
O monge respondeu sereno:
“Ele age na natureza dele e eu na minha!”
É natural uma pessoa ingrata, agir com ingratidão; é natural uma pessoa bondosa, agir com bondade.
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Em verdade mesmo, não há como fugir da nossa essência... o que somos lá
primeiro, lá no íntimo... vou seguindo, reclusa, crédula, sorridente, e
me frustrando por isso mesmo... o mundo é mau pica-pau! Mas vamos
seguindo cada um com sua contribuição, substância, sua essência...
continuemos.